quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

ANTONIO DE PAULA FREITAS

Antonio de Paula Freitas, irmão mais velho de Alfredo de Paula Freitas, nasceu no Rio de Janeiro em 10 de janeiro de 1843 e faleceu em 18 de março de 1906. Era doutor em Ciências Físicas e Matemáticas pela antiga Escola Politécnica, Engenheiro Geógrafo e Civil e professor catedrático por quarenta anos da mesma Escola onde também se formara. É considerado um dos introdutores da técnica do concreto armado no Brasil, que conheceu em 1904 quando estudou na Sorbonne (Paris), e a viu ser utilizada pela primeira vez no país em obras públicas em 1907, quando da construção dos canais do Porto de Santos pelo engenheiro Saturnino de Britto. Figura de destaque em atividades profissionais e acadêmicas no reinado de D. Pedro II, era Oficial Menor da Casa Imperial e Cavalheiro da Ordem da Rosa e recebeu também a Medalha Hawshaw,  honraria de origem inglesa atribuída a quem se destacasse por trabalhos acadêmicos na área da Engenharia. Foi fundador e membro do Conselho Diretor do Clube de Engenharia, membro do Instituto dos Engenheiros civis de Londres, membro da Sociedade Francesa de Higiene, membro da Diretoria do Congresso Científico Latino-Americano, fundador e membro da Administração do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, entre outras atividades


Em 1903, foi escolhido para intendente municipal, e logo após foi eleito presidente do Conselho do Instituto Politécnico Brasileiro, criado em 1862 durante o regime imperial e que seria a primeira associação de engenheiros do país. 

                             
                                             Antonio de Paula Freitas

Foi também presidente da "Empreza de Construções Civis" de Alexandre Wagner e seus genros Otto Simon e Theodoro Duvivier, pioneiros no desenvolvimento de  Copacabana na segunda metade dos anos 1800 e à qual pertencia praticamente metade da área então denominada Sacopenapan (Copacabana).Foi o responsável pelo projeto e obras de arruamento do bairro, em 1894 e homenageado com seu nome dado à antiga rua Itororó. 


 

São de sua autoria os projetos e a construção de vários prédios históricos na cidade do Rio de Janeiro, como o imóvel-sede da Imprensa Nacional Geral e do Tesouro Nacional, já demolidos, e o do Correio Geral na rua Primeiro de Março.


Imprensa Nacional




Edifício-sede dos Correios

Destaque ainda para o edifício projetado em 1880 para sediar a Faculdade de Medicina, cuja pedra fundamental foi lançada em 12 de fevereiro de 1881 pelo próprio Imperador D. Pedro II. As obras, porém, sofreram paralisações e somente foram concluídas em 1908, após seu falecimento, quando o prédio foi utilizado como pavilhão do Brasil na Exposição Internacional comemorativa do Centenário da Abertura dos Portos. No momento é ocupado por repartições do Ministério da Agricultura.

   
      

Durante mais de vinte anos foi engenheiro da Igreja da Candelária, sendo responsável pelo projeto e construção das duas sacristias laterais, em 1877 e pelo desenho e colocação - em colaboração com Heitor de Cordeville - do novo revestimento interno em mármore italiano, além da instalação das belíssimas portas em bronze, em 1901.







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